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sábado, 20 de agosto de 2011

PAI – Nunca ser Coadjuvante.

Pai!
Aproveitando a semana em que se comemorou o dia dos pais, porque não descrever a relevância deste papel?
Não falarei daquele pai que todos conhecem, de carne e osso, do senso comum, do pai real, vou mais além, vou relatar de um pai simbólico, aquele que tem uma representabilidade interna ao indivíduo, não que o pai real não tenha sua importância, mas quero mostrar outro sentido para o papel paternal.
Durante muito tempo foi atribuída à psicanálise a culpa `as mães por problemas e sintomas que os filhos desenvolvem, contudo o pai sempre teve papel de destaque na criação e na composição do individuo e sua presença é de grande importância.
O próprio pai da psicanálise Sigmund Freud tinha uma relação forte com seu pai, sendo visível em sua personalidade, muita idenficação paterna. Freud era o filho mais velho do segundo casamento de seu pai Jacob, quando nasceu seu pai tivera um neto, de um de seus dois filhos do primeiro matrimônio, todos vivendo na mesma casa. Quando Freud tinha 40 anos seu pai faleceu causando grandes conflitos a ele, este fato fez com que Freud revisse sua autoanálise, assim colaborando para elaboração da psicanálise através de alguns conteúdos com rivalidade entre pais, laços de amor, complexo de Édipo e entre outros.
O pai é indispensável para constituição e desenvolvimento saudável do sujeito, através de seu papel que há a incorporação de limites, a simbolização do mundo, e o desprender da mãe. O pai é a simbolização da lei, limites, valores. A paternidade é conceder que o indivíduo deixe o instinto natural e vá à cultura.
A atual sociedade tem como foco principal o imediatismo e os excessos, consumos de bebidas alcoólicas, drogas, jogos eletrônicos, sexo, festas. É uma amostra da contemporaneidade, e na qual é proibido coibir, e onde é visível a necessidade de marcar presença como forma de obter aprovação e prazer.
A incorporação da imagem do pai corresponde no momento da repressão da sexualidade a favor da cultura, do saber. É importante para a menina um olhar paterno, para que ela possa ter segurança em sua referência masculina podendo identificar-se com a mãe, e o menino busca através do pai construir uma identificação de gênero.
A função paterna independe de seu genitor, o verdadeiro pai apresenta com um operador simbólico, de forma a figura paterna pode ser executada por um representante que a criança escolher.
Logo, podemos compreender a diferença que há entre o pai real e o pai simbólico. É necessário que tenhamos um olhar perante a função paterna, pois este papel apresenta função crucial na estruturação psíquica do indivíduo.
E cabem a nós pais, reinventar a família buscando conformidades em novos contextos, devido a novas exigências atuais, fazendo assim, sujeitos amorosos e com conteúdos simbólicos internalizados.

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